Movies & SériesTITANS – Temporada 3: Excelente episódio surpreende e ocasiona severas consequências para os titãs

TITANS – Temporada 3: Excelente episódio surpreende e ocasiona severas consequências para os titãs

Por: Gustavo Tavares

Após a descoberta da identidade do Capuz Vermelho, os Titãs precisarão trabalhar juntos para salvar a vida de um dos seus integrantes de uma bomba enquanto rastreiam o paradeiro do vilão que pode ser a única esperança de desativar o explosivo. Confira a seguir o review com spoilers do terceiro episódio da terceira temporada de TITANS – Columba e Rapina.

Finalmente temos um excelente episódio que empolga e que faz justiça aos personagens retratados. Neste caso não consigo decidir qual deles esteve melhor representado em tela, o vilão pela primeira vez me parece amedrontador o suficiente para ser uma ameaça para uma equipe tão poderosa e diversificada quanto a dos Titãs. Cada um dos heróis possui certa importância para o decorrer dos fatos e ninguém aqui se coloca acima das atribuições dos outros como aconteceu em capítulos anteriores.

Graças a isso temos uma atuação conjunta para que cada um deles faça o máximo para superar os problemas apresentados durante todo o capítulo. Se existe algo que eu desgostei foi a forma preguiçosa que foi realizada a introdução da problemática logo no início do episódio, tive que forçar muito a minha suspenção de descrença para aceitar que um herói experiente caísse em armadilhas tão óbvias como a que foi apresentada, independentemente de ser um personagem arrogante e imediatista. Apesar desse incômodo inicial, a progressão do episódio vai nos deixando extremamente ansiosos e preocupados pelos riscos que o vilão submete os protagonistas, ao ponto de ficarmos vidrados até o último segundo para finalmente sairmos surpresos com as escolhas corajosas adotadas pelo episódio.

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

Nesse terceiro episódio temos o Dick constatando que realmente o corpo do Robin não está enterrado ao lado do Alfred. Isso não me incomoda, pois mesmo vendo o jovem na sua frente, esse universo é tão vasto que ele poderia ser qualquer coisa - de robô a clone - então entendo essa necessidade de procurar respostas no cemitério da mansão. Algo que eu não consigo perdoar é o fato de o Hank ter sido tão burro ao cair na armadilha mais óbvia do universo. O fato de ele ter sido escolhido pelo Jason ainda cria a possibilidade de toda a mansão estar grampeada, uma vez que minutos antes o herói praguejava a possibilidade de matar Jason devido as atrocidades que ele havia feito.

Após capturá-lo, o Capuz Vermelho coloca uma bomba no peito do Rapina para obrigá-los a roubarem milhões de dólares em ouro, bomba essa que a contagem regressiva está diretamente relacionada aos batimentos cardíacos do herói. O Dick se recusa veementemente a fazer qualquer uma das exigências do Capuz, sendo apoiado principalmente pela maior vítima dessa situação. Eles começam a correr em várias frentes para conseguir descobrir a localização do vilão para obter algo que possa desativar a bomba.

Neste momento ele vai conversar com o Espantalho novamente para tentar prever quais os próximos passos do Jason e consegue uma pista importante sobre a origem do explosivo, o projeto era de autoria da Wayne Enterprises que os possibilitou acessar as especificações da bomba permitindo o Connor tentar desenvolver um equipamento para desativá-la. A vantagem em ter um clone com DNA do Lex Luthor e do Superman são incrivelmente bem pontuadas, ele não só consegue entender de engenharia avançada como pode usar a super velocidade para acelerar a criação de tal equipamento.

Temos todo um arco dramático muito bem trabalhado para esquecermos o fato do Hank ter se metido nesse problema por arrogância, devido a isso conseguimos sentir pena da situação que ele se encontra e sentimos todo o “pré-luto” dos personagens que o cercam na possibilidade de não conseguirem salvá-lo. A que mais sofre, claro, é a Columba que foi durante muito tempo parceira pessoal do Rapina, seja na vida amorosa ou no combate ao crime. Aqui devo destacar o belo trabalho de ambos os intérpretes, tanto Minka Kelly quanto Alan Ritchson entregam atuações ímpares para nos deixar aflitos pelo possível futuro trágico de seus personagens.

Correndo contra o relógio e preocupada com a vida de Hank, Dawn decide fazer aquilo que o Dick se opunha completamente: ela rouba o ouro do carro forte e vai de encontro ao vilão para fazer a troca do dinheiro pelo aparelho de desativação. Ao chegar no local, Jason propõe a ela a única forma de salvar o Rapina, ele a entrega uma arma e diz que a única forma de conseguir desativar o explosivo será matando-o com um tiro na cabeça, ela teria que sacrificar seus ideais para salvar quem ama.

O Asa Noturna a impede de atirar em um primeiro momento, informando-a que o Superboy está muito próximo de conseguir a solução, e se ela atirar o Capuz Vermelho terá ganhado. Com o tempo do Hank acabando a heroína decide puxar o gatilho quase no mesmo momento em que o Connor consegue criar o mesmo aparelho que o Capuz possuía em suas mãos. Ele teria conseguindo salvar o Rapina, entretanto a arma era falsa e o gatilho ativava a bomba remotamente. Ao tentar matá-lo, ela termina de selar o destino do herói que morre na explosão deixando os fãs impressionados com a morte de mais um querido personagem da série.

O impacto de sua morte é tão grande que não faço a menor ideia de quais caminhos o seriado irá tomar partir de agora, continuo sentido falta de personagens que foram trabalhados na segunda temporada podendo ter relevância nesse momento, todavia devo dizer que tanto o Espantalho quanto a Oráculo podem ser peças fundamentais para o desenvolver da trama. O Dr Crane tem constantemente aparecido para contribuir com os heróis, contudo existe também a possibilidade de que a droga sintetizada pelo Jason tenha como base o gás do medo do vilão.

Apesar de os finais das temporadas anteriores nunca terem me agradado, existia certos elementos que mantinham a minha vontade de continuar insistindo em acompanhar a série, esses elementos estavam em falta nesse início turbulento deixando um sentimento de perplexidade. Isso se deve pois eu estava analisando os capítulos comparando-os diretamente com outras mídias e esquecendo de visualizar esse produto como sendo algo “inédito”. Não que fosse uma culpa exclusiva minha já que a série insistia criar cenas quase idênticas de momentos icônicos, entretanto faço mea-culpa em relação isso.

Se o Jason morreu de verdade ou enganou o Batman com alguma droga sintética, nós iremos descobrir com o passar dos eventos e podemos ter uma explicação plausível. Talvez o Jason só fosse este babaca egocêntrico que víamos desde a sua primeira aparição. Eu ainda não perdoo alguns fatos, como Batman matando o Coringa ou o Asa Noturna não sendo um detetive melhor que seus parceiros de equipe, porém outros erros que apresentei em reviews anteriores hoje parecem bem menores em um espectro geral. Com este final surpreendente o programa ganha sobrevida e pode estar guardando muitos segredos ainda.

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