Movies & SériesLoki – Temporada 1: Episódio Épico Apresenta o Glorioso Propósito dos Deuses da Trapaça

Loki – Temporada 1: Episódio Épico Apresenta o Glorioso Propósito dos Deuses da Trapaça

Por: Gustavo Tavares

O episódio foca inteiramente nas diversas variantes de Loki que foram presas no vazio, assim como na importância do glorioso propósito que ouvimos falar desde o início da série. A seguir, você poderá conferir nossa review com spoilers do quinto episódio de Loki.

Um dos principais vilões dos Vingadores que se tornou um anti-herói no terceiro filme do deus do trovão e teve seu fim trágico em Vingadores: Guerra Infinita ganhou uma série solo no Disney+. A seguir você poderá conferir nossa review com spoilers do quinto episódio de Loki.

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

Depois de um capítulo mais apagado temos de volta o teor épico que uma série do Loki precisa ter. Após Loki ser podado e descobrirem que os Guardiões do Tempo presentes na AVT eram uma farsa, Sylvie e Ravonna se unem brevemente para tentar descobrir quem afinal foi o criador da organização neofascista que comanda a linha temporal sagrada. Ao contrário do capítulo anterior todos os plots do quinto episódio me surpreenderam verdadeiramente, claro que nós ficamos atentos em não acreditar completamente na Ravonna, mas quase que ela nos engana ao conseguir passar a ideia de estar revoltada por ter sido deixada no escuro.

Enquanto isso o Loki está preso no “vazio” tendo que assimilar suas quatro versões que vieram a seu socorro, descobrimos que nesse limbo temporal existe uma criatura chamada Alioth que é descrita como "uma tempestade viva que consome matéria e energia". Este personagem que tem como missão desintegrar todas as variantes temporais que são podadas pela AVT foi retirado diretamente das HQs e é um inimigo mortal do Kang o Conquistador. Ainda não sei se a aparição dessa criatura reforça a teoria do conquistador temporal estar por trás de toda a organização temporal, ou vai contra essa teoria já que ao final descobrimos que a nuvem é utilizada como o Cerberus o cão de três cabeças da mitologia grega, entretanto, em vez de guardar a entrada do mundo dos mortos, protege o portão de uma mansão cósmica.

Acredito que os primeiros fatos apresentados no capítulo que nos deixam de queixo caído são o evento nexus do Kid Loki que foi retirado da linha temporal por ter matado o Kid Thor e a aparição inusitada do Thor Sapo em um vidro tentando inutilmente alcançar o Mjölnir. Por mais que sejam fatos que não serão explorados no futuro eles acabam deixando aquele mistério no ar que particularmente eu adoro. Logo após temos a Ravonna tentando capturar a Sylvie após se mostrar fiel a doutrina da AVT e mais uma vez temos uma surpresa em cena, em não esperava que ela fosse realmente “se podar” para encontrar o Loki e ir atrás do vilão por trás de tudo. Apesar de ser bem clichê o romance das variantes foi um dos pontos altos do capítulo, e faz muito sentido que uma realidade onde duas variantes se apaixonassem acabaria com a linha temporal, ainda mais se desse amor surgisse um filho ou filha, o caos seria generalizado.

A cena em que são feitas as comparações de momentos nexus entre as variantes foi muito agregadora e responde algumas perguntas muito importantes. A principal delas é que a linha do tempo sagrada tem variações estéticas, porém o curso da história tem que seguir exatamente como previsto. Esta foi a conclusão que tirei quando o Loki Classico conta que ele fez tudo exatamente o que devia em sua vida, e quando chegou na hora de enfrentar o Thanos ele não o atacou com uma faca, no entanto ele criou uma ilusão tão perfeita e crível que enganou o próprio Titã Louco. Ele viveu anos em um planeta isolado sem nunca ser incomodado pela AVT, mas eventualmente ele sentiu saudades de seu irmão Thor e quando ele decidiu ir encontra-lo foi capturado e podado. Então independente do seu gênero, raça ou orientação sexual você não necessariamente será retirado da sua linha do tempo, por isso o evento nexus da Sylvie não foi ter nascido mulher por exemplo.

Quando achamos que as loucuras acabaram aparecem mais uma dúzia de Lokis, todos eles começam a se trair e lutar pelo trono que aparentemente era do Kid Loki fratricida. A cena é genial para demonstrar como existem variantes que não evoluíram apesar de estarem nessa realidade distópica.

Ao chegar no Limbo Sylvie é salva pelo mobius que estava dirigindo um antigo carro de delivery o que foi hilário e provavelmente alguma referência sombria da história americana. É muito bom ver como todos os atores possuem essa química apurada, os momentos do Loki com o Mobius nos primeiros capítulos são os favoritos de muitos fãs, mas o curto período que ele interage com a Sylvie também é intenso e divertido. Loki acaba fazendo aquele plano besta de matar o Alioth e desiste quase imediatamente ao ver a criatura destroçar o Navio USS Eldridge. O que chama atenção éque esse navio militar que existiu de verdade, e esteve envolvido em uma história para lá de estranha. Esta lenda urbana diz que o Eldridge participou de um experimento da Marinha dos EUA em 1943, no qual toda a embarcação ficou invisível a olho nu por um período de tempo, graças a um dispositivo de camuflagem décadas a frente da tecnologia da época, este projeto tinha como nome “experimento Filadélfia”.

A Sylvie chega ao local já debochando do plano bizarro do Loki e traz a teoria que se prova verdadeira no fim. O plano dela é encantar a criatura para que ela mostre o caminho para encontrar o verdadeiro vilão por trás da AVT. Toda a cena de preparação é tocante e emotiva enquanto eles contestam a teoria de Mobius sobre terem se apaixonado. Com isso o Mobius volta para AVT graças ao novo Temp-pad roubado da Ravonna e ambos partem para tentativa de domar o monstro que destrói tudo que toca.

O ponto épico e fascinante está em seu clímax, pois apenas os dois não conseguiriam tempo suficiente para encantar a criatura. Quando o Loki Clássico aparece para demostrar um poder absurdo criando uma Asgard como ilusão para distrair o Alioth a única coisa que podemos fazer é aplaudir de pé. Um personagem incrível interpretado pelo grande Richard E. Grant se sacrifica no final para dar a chance que suas variantes precisavam para confrontar finalmente o mal maior do seriado.

Movies & SériesLoki – Temporada 1: Episódio Épico Apresenta o Glorioso Propósito dos Deuses da Trapaça
Twitch Youtube Discord Twitter Facebook Instagram