Movies & SériesLoki – Temporada 1: Seriado vai além de moldar futuros filmes do "Multiverso" Marvel

Loki – Temporada 1: Seriado vai além de moldar futuros filmes do "Multiverso" Marvel

Por: Gustavo Tavares

Um dos principais vilões dos Vingadores que se tornou um anti-herói no terceiro filme do deus do trovão e teve seu fim trágico em Vingadores: Guerra Infinita ganhou uma série solo no Disney+, a seguir você poderá conferir nossa review com spoilers do primeiro episódio de Loki.

Um dos principais vilões dos Vingadores que se tornou um anti-herói no terceiro filme do deus do trovão e teve seu fim trágico em Vingadores: Guerra Infinita ganhou uma série solo no Disney+. A seguir você poderá conferir nossa review com spoilers do primeiro episódio de Loki.

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

O episódio piloto de Loki no Disney Plus começou de forma espetacular nos surpreendendo a cada segundo de tela. Exatamente como no trailer ele começa na fuga do vilão depois do plano dos Vingadores falhar. O Tesseract o leva para algum lugar no espaço-tempo onde ele é interceptado pela AVT (Autoridade de Variação Temporal).

Todo esse início é fantástico para ditar o tom de todo o capítulo, já que ao ser capturado temos uma cena hilariante do Loki sendo subjugado. Tudo é muito divertido na apresentação dessa instituição que busca proteger “a sagrada linha temporal”. Toda a estética retrô que se combina com a tecnologia extremamente avançada é um deleite para os olhos mais atentos, a direção de arte acerta completamente em compor um novo conceito de mundo através dos belíssimos cenários dentro e fora da AVT.

Como já era de se esperar a comédia está muito presente quase todo o tempo, assim como o Chris Hemsworth, Tom Hiddleston possui um tempo de comédia fantástico, e atuando com Owen Wilson ele acaba se superando em diversos momentos. O protagonista serve como um catalizador de explicações para nós que estamos sendo apresentados pela primeira vez a todo esse conceito de protetores temporais, já que assim como os espectadores, ele não faz a menor ideia do que está acontecendo.

A forma de explicar sobre como os Guardiões do Tempo moldaram essa linha temporal linear foi uma sacada genial dos roteiristas. Colocaram uma animação estilo anos 70 para contar toda essa história. Todas as minhas expectativas foram subvertidas com essa cena, poderiam muito bem ir para o clichê de um personagem contar a história enquanto acontece um flashback, mas não foi o caso. Através dessa explicação abriu-se diversas possiblidades em filmes como: “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e “Homem Aranha: No Way Home”. As maneiras de como esses filmes serão moldados e afetados pela série são diversas, inclusive seria uma maneira esperta de unir os filmes da Sony com o MCU de forma conveniente e pontual.

Um dos fatos mais interessantes abordados até aqui é como tudo funciona de forma burocrática e repetitiva dentro da AVT. Isso nos rende cenas muito divertidas como o Loki não sabendo se é um robô, ou o julgamento dele pelos seus crimes contra a linha temporal, mas o que mais chama a atenção é o controle utilizado pelos guardas para manter os prisioneiros bem-comportados. Depois desse início conhecemos enfim o agente Mobius que está atrás de uma perigosa variante temporal, esta variante está assassinando agentes da AVT em diversas períodos da história. Ao saber que Loki está sob custódia ele acredita que interrogá-lo seja a melhor forma de atingir seus objetivos.

Com isso temos a versão Marvel de recapitulação de cronologia, muito comum em seriados antigos onde os personagens conversam sobre acontecimentos passados através de flashbacks. Aqui no caso é feito de forma bem menos caricata, uma máquina que mostra toda a trajetória de Loki no MCU. Neste momento temos a revelação que todos esperavam, e sim Loki era o D.B. Cooper todo o tempo. A reação do Mobius é hilária pois foi justamente a minha reação quando constatei isso através do trailer. A cena é toda genial, engraçada, divertida e descobrimos que o Loki estava apenas pagando uma aposta feita com Thor.

Logo depois, Loki consegue enganar os agentes e fugir, podendo explorar melhor o local ele encontra o agente responsável por catalogar o Tesseract. Após uma piada que me fez gargalhar, a série muda drasticamente do tom de comédia para a melancolia. Loki descobre que as jóias do infinito não possuem poder algum dentro da instituição, e que inclusive, elas são utilizadas como pesos de papel.

Ele acaba retornando ao local de seu interrogatório, resolvendo ver mais sobre o futuro que desconhecia. Tom Hiddleston mostra toda a sua versatilidade nessa cena, como grande ator que é, ele nos leva junto consigo a experimentar todas as emoções que o personagem está sentindo. Provavelmente muitas pessoas se emocionaram com essa cena. Ele sofre com o fato de ser o responsável pela morte de Frigga, sua mãe, e se acalenta ao ver Odin o reconhecendo como filho antes de sua morte. Também se alegra ao ver como ele e Thor se tornaram amigos depois de todos os conflitos entre eles, mas o que realmente molda Loki nesta cena é ver a sua própria morte pelas mãos de Thanos.

No fim, ele resolve ajudar Mobius a caçar a variante perigosa e descobre que esta variante é nada mais nada menos que ele próprio. Lady Loki está vindo aí minha gente!

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