Movies & SériesMarvel – Thor: Love and Thunder – Taika Waititi promete entregar mais um filme épico do deus nórdico

Marvel – Thor: Love and Thunder – Taika Waititi promete entregar mais um filme épico do deus nórdico

Por: Gustavo Tavares

Thor Love and Thunder é o quarto filme da franquia e o segundo dirigido por Taika Watiti. Um filme que claramente é uma passagem de manto do herói, mas não significa que ele irá morrer nesse filme. Apesar dos temas mais sérios, Taika é conhecido por um humor pouco convencional e com certeza será mais um filme bem-humorado do deus do trovão. A seguir você confere a nossas expectativas para Thor: Am

Há muito tempo que Thor tem tido destaque dentro do MCU, mas nem sempre da forma como os fãs realmente esperavam. O herói já teve diversas aparições nesse universo compartilhado, sendo uma curva crescente de qualidade, principalmente depois que acertaram o tom que combinava com o personagem e com seu interprete. De fato, não sou muito fãs dos dois primeiros filmes, apesar de ver qualidade em ambas as obras. O primeiro é bom como uma introdução de um deus nórdico, mas de longe é o filme de origem mais fraco desse universo. Claro que nos trouxe um excelente vilão, mas o arco narrativo do herói parecia um pouco apressado, como ele aprende humildade em um espaço tão curto de tempo.

Já o segundo filme foi bem pior que o primeiro, posso talvez até considerar o pior filme desse universo, até chega a divertir, porém não tem nenhuma identidade. Quer ser sombrio, mas falha completamente, subverte personagens que agiriam de formas diferentes em sua essência e o papel da Jane Foster acaba sendo jogado fora limitando-a a ser apenas a donzela em perigo que ajuda eventualmente, um desperdício de uma atriz tão capacitada como a Natalie Portman. O terceiro filme veio para nos entregar o Thor definitivo, após seu tom ir sendo lapidado filme após filme. Infelizmente aqui é ame ou odeie, eu sinceramente adoro todas as versões do personagem pós Taika, inclusive o Thor que vimos em Ultimato que para mim é a melhor atuação do próprio Chris Hemsworth.

O novo filme pretende reimaginar o papel do Vingador, pois claramente ele está sofrendo uma crise de identidade, perguntas como “quem eu sou” será recorrente nesse novo arco do herói, já que agora ele não é mais o rei de Asgard, não é um guardião da galáxia ainda e em tese não será mais aquele que era digno de empunhar o Mjönir. As possibilidades para essa nova aventura são diversas e fico contente em saber que um diretor tão competente está retornando para transformar novamente o Thor do MCU. Até o momento a única prévia que temos não nos conta muita coisa, é quase que a apresentação dos diversos conceitos que serão utilizados durante o filme.

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Podemos claro especular o que o diretor pretende com o novo filme, com base no material fonte e de algumas informações que já temos sobre o filme. O problema dessas especulações é justamente errar em tudo, já que o Taika pegou um arco tão conhecido como o Ragnarok e entregou um filme muito diferente do que podíamos imaginar. No fim das contas o terceiro filme foi uma amálgama entre dois arcos famosos, o Ragnarok que em si que já era uma obra bem completa e planeta Hulk que nunca teria uma oportunidade de ser adaptado. Deu certo, o filme foi um sucesso comercial e de certo modo entre a crítica também, por conta disso podemos imaginar que Love and Thunder seguirá caminhos similares. Então novamente teremos dois arcos sendo trabalhados, o primeiro é focado em Thor: O carniceiro dos deuses, onde Gorr passa a caçar todas as divindades possíveis, sendo Thor uma das prováveis vítimas do vilão que será interpretado por Christian Bale. O segundo é focado na poderosa Thor, onde o antigo herói se tornou indigno de empunhar o Mjönir e a Jane se tornou a nova merecedora do martelo dos deuses.

Marvel Eternals

O mais interessante é que são duas histórias que se completam nas HQs, pois a Jane só pode se tornar a deusa do trovão devido fatos ocorridos após Gorr tentar matar os panteões divinos. Entretanto não podemos achar que emulará a mesma complexidade neste novo filme, pelo contrário, a Marvel sempre tem optado por simplificar as suas tramas antes de embarcar em novas sagas. O CEO Kevin Feige tem tido uma postura para solidificar novos alicerces para então contar histórias mais grandiosas, desse modo podemos imaginar que o foco de Thor: Love and Thunder é fechar arcos abertos na fase três e começar a introduzir novos personagens da fase quatro. A possibilidade disso já foi apresentada no primeiro trailer, pois não esconderam a Jane Foster com seu novo manto, a Valquíria sendo o rei de nova Asgard e uma pequena aparição do Zeus do Russell Crowe. A apresentação do panteão dos deuses gregos já seria um atrativo interessante, todavia ainda teremos a participação dos guardiões da galáxia e a aparição de um dos mais perigosos vilões do Thor, Gorr, o carniceiro dos deuses.

Marvel series

Gorr é um vilão temido pelos deuses que o abandonaram, pois quando ele mais precisou nenhum deles foi socorrê-lo. Esse ódio nutrido pelas divindades o leva a um caminho de vingança, onde ele realmente passa a matar todo e qualquer deus que passe pelo seu caminho. O ator escolhido é um colírio para os olhos, Christian Bale é um grande ator e tem tudo para dar profundidade para as motivações do seu personagem, no entanto sua aparência para o filme já está sendo criticada, já que um vazamento de um brinquedo sobre o filme mostra Gorr com uma aparência mais humanizada, isso acabou gerando uma discussão sobre a fidelidade estética das adaptações, uma discussão complexa que sempre volta à tona. Apesar de tudo isso aparentemente o vilão será avassalador, no primeiro trailer vimos uma cena tirada diretamente das HQs, onde uma das mais poderosas divindades foi derrotada pelo vilão. Behemoth literalmente lutava contra buracos negros, o poder do personagem é impressionante e vê-lo derrotado no chão demonstra que os deuses estarão com problemas sérios.

Marvel series

Outro destaque do trailer é como a Valquíria se tornou uma excelente gestora, tanto que a nova Asgard deixou de ser uma vila de pescadores e passou a ser um local turístico com bastante popularidade. Ela basicamente pegou o limão e fez aquela limonada, a gestão da rei de Asgard se mostra de uma extrema qualidade, sabendo como gerar receita para o crescimento de sua comunidade, mesmo assim na prévia ela parece muito aborrecida com a burocracia da terra, talvez sentindo saudades da suas aventuras gloriosas. Junto dela podemos ver também Miek, a alienígena amiga de Thor e Korg, não dá para saber se terá alguma importância na trama, no entanto é um detalhe bem encaixado por Taika, mesmo que seja apenas um aceno para os fãs mais ligados nesse universo. Outro ponto importante sobre a Valquíria é que ela está atrás de uma rainha para nova Asgard, fato que garante que este filme não estreará em países mais retrógados, visto que uma cena pequena com duas mães em Doutor Estranho no multiverso da loucura foi o suficiente para tal. No final das contas eu acredito que quem perde é o público, pois sempre haverá a necessidade de acrescentar mais representatividade nos filmes e séries, pois essas pessoas precisam se ver em tela e não adianta tentar empurrar toda uma comunidade para o armário de novo.

Thor Disney Plus

Por fim a maior surpresa do trailer é sem dúvidas nenhuma a aparição da poderosa Thor. Jane Foster está de volta de uma forma que eu nunca imaginei que veria em um filme, só pensando que um dia existiu um CEO da Disney que dizia que “heroína não vende boneco”. Existe esse problema que está sendo discutido entre os fãs, algo sobre a Marvel estar forçando heroínas em detrimento dos heróis, esse tipo de pensamento é embasado com fundamentos errados e como tal acaba não fazendo o menor sentido. Pense bem, no primeiro Vingadores tem apenas a Viúva Negra na equipe, em Vingadores: Era de Ultron acrescentaram apenas a Wanda Maximoff sendo a segunda heroína em uma equipe de oito integrantes. Essa fórmula se repete na maioria dos filmes da Marvel, então gradativamente elas foram conseguindo seu espaço dentro no universo compartilhado e agora que está havendo passagem de manto reprisando as HQs os fãs começam a reclamar. Foram praticamente dez anos com os heróis tendo destaque e agora é a vez das heroínas ascenderem na fase quatro e isso é muito animador para mim pelo menos. Eu adoro a vespa da Evangeline Lilly por exemplo, é ótimo saber que ela vai ter mais destaque no terceiro filme do Homem Formiga. Gosto demais da Capitã Marvel em seu filme solo e mal posso esperar por The Marvels que vai reunir Carol Danvers, Monica Rambeau e a Kamala Khan. E possuo a mesma animação para conhecer a versão da poderosa Thor nos cinemas.

Multiverse Coin

Primeiro de tudo o uniforme da heroína está muito fiel ao material fonte, inclusive é bem evidente que a Natalie Portman está se esforçando pelo papel. O elmo é praticamente idêntico as HQs, sem contar os detalhes no martelo que novamente apresentam a arte japonesa Kintsugi, tal arte consiste em consertar algo com fios de ouro deixando aparente as emendas que foram feitas. Assim o Mjönir acaba conseguindo muito mais identidade, pois estas emendas aparentes valorizam toda a história do objeto e claro o diferencia de suas outras participações. Algo importante da história de Jane como a Thor é o fato de estar com câncer, pois ela se destaca como heroína justamente por seu altruísmo, visto que toda vez em que se transforma o tratamento da doença é limpado do organismo. Isso acrescenta diversas camadas para a heroína, caso isso seja mantido garantirá ainda mais fidelidade para o arco da Thor no MCU. A única pena disso tudo é saber que a presença da deusa será limitada, espero que ela possa fazer diversas aparições, onde seu sacrifício gradual é uma verdadeira prova do seu heroísmo.

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