DC – The Batman – Melhor início para a nova franquia do Cavaleiro das Trevas seria impossível

Como é incrível quando um diretor sabe exatamente o que precisa nos contar. Matt Reeves consegue ter uma visão única que pretende descontruir e reconstruir o papel do vigilante em filmes de super-heróis. Isso fica tão claro quando vemos o arco se fechando através da mesma frase. “Eu sou a vingança” nunca foi uma frase de efeito para nos vender o filme, ela faz parte da construção da psique do herói que ainda não superou a morte dos pais, contudo também serve de forma vil para as motivações do grande vilão do filme.

O Charada é um achado incrível que foi bem adaptado para os dias atuais. Ele poderia ser comparado a jovens incels que surtam e apelam para a violência virtual/física justamente pela sua mediocridade. Aquele tipo de pessoa que coloca culpa em tudo e acaba se radicalizando ao ponto de querer exterminar o contraditório. No filme existe um subtexto político que nutre o vilão, os crimes cometidos contra corruptos e poderosos funcionam como um argumento raso que pareceria plausível para uma mente fraca, entretanto a cartada final do vilão mostra a verdadeira face do antagonista, um vilão cruel que pretende espalhar o caos escondido nas suas charadas insanas.

O novo filme do Cavaleiro das Trevas consegue unir tudo de melhor que já foi feito com o personagem nos cinemas. Até então a melhor adaptação do herói era “Batman: Cavaleiro das Trevas” do Nolan, entretanto este posto deve estar com os dias contados graças a futuros projetos para “The Batman”. Apesar de ser um excelente filme, Nolan ignora alguns elementos que engradeceriam sua obra, principalmente sobre o personagem principal do filme e onde toda a história é situada. Muitos até hoje dizem que o filme é na verdade do Coringa, onde o Batman faz suas pontuais aparições, acho um exagero essa visão simplista, mas é fato que o Coringa de Heath Ledger é uma das melhores coisas já feita – e na minha opinião ainda não foi superada – colocando o filme no patamar que está atualmente. A sua Gotham também acaba perdendo brilho quando ele ignora a aparência gótica e soturna que ela possui nas páginas das HQs, isso se deve a sua visão “realista” de um herói como o Batman, mas quem disse que ele não poderia manter essa visão e conseguir inserir esses elementos da mitologia do Homem Morcego? Matt Reeves consegue nos entregar um herói que não perde seu protagonismo e uma Gotham tão tenebrosa que ninguém gostaria de viver nela, exatamente como ela tem que ser. Não existe felicidade em uma cidade tão marginalizada, a corrupção consome Gotham ao ponto da necessidade de um vigilante, no entanto quem disse que as ações desse vigilante vão ser positivas? Esse questionamento e a sua resposta no fim do filme coroam um dos melhores filmes do Batman.

As coisas que me incomodaram no filme são tão efêmeras que talvez não precisariam ser ditas, no entanto preciso ser sincero ao dizer que o vilão me incomoda um pouco quando finalmente é revelado, foi o único momento que realmente me tirou do filme, pois não me passou que aquele jovem tenha feito tanto estrago. As risadas exageradas principalmente no final me soaram forçadas, porém quando eu refleti sobre a psique do personagem apresentado no filme, logo vi que era um juízo equivocado da minha parte. Não é o Charada que conhecemos por que ele ainda não se desenvolveu como tal, da mesma forma que o Batman ainda precisa evoluir para ser um herói que Gotham merece. Tanto herói quanto vilão começam em um ponto e terminam em outro, há claros sinais de crescimento pessoal tanto para o bem quanto para o mal. Quando o Charada realmente consegue ter êxito em seu plano e mesmo assim o herói surge como um símbolo de esperança acaba sendo uma derrota para o sociopata. Qual será a única opção do antagonista? Projetar futuras catástrofes que desmitifiquem o herói que o diminuiu perante ao público, no final quem se tornou o centro das atenções foi aquele que protegeu os fracos, jogando a mensagem contra os corruptos de Gotham no ostracismo.

O filme possui uma camada densa, de certo modo até opressora, de uma Gotham que aparenta não ter solução. A primeira cena do Personagem com a narração do Bruce sobre a visão de seu papel em Gotham é incrível, cada uma das suas palavras possuem um peso avassalador, ao ponto de não sabermos qual das cenas do crime ele irá aparecer e como será a abordagem nesse universo. Parece que se tornou comum em filmes do Batman a primeira cena ser sempre do seu antagonista, antes mesmo da narração de Bruce e da surra que o herói aplica na gangue no metrô, o vilão já começa a colocar seus planos em ação e traçando seu modus operandi que consiste em atacar corruptos, começando pelo prefeito da cidade, colocando-os como peças dos seus enigmas macabros. Gosto como o diretor sabe quando alongar cenas para criar o clima de suspense e acelera alguns trechos para deixar as cenas de ação mais frenéticas. Muitas dessas escolhas criativas evitaram para mim um certo cansaço, já que o filme é bastante longo e poderia ter graves problemas de ritmo, entretanto Matt Reeves tem uma qualidade diferenciada, não deixando seu filme cair no tédio. Infelizmente não há como fugir de comparações com outras versões do herói, finalmente temos um Batman que mantém certos códigos morais, o principal deles é que apesar de ser “a vingança”, este Batman não mata indiscriminadamente como o da Liga da Justiça. Como eu senti falta dessa característica do personagem, colocando o vigilante numa cruzada que nunca parece hipócrita. Ele quer que a justiça seja feita, mas nunca que ele seja júri, juiz e executor.

Vemos como que a polícia de Gotham está se acostumando com o vigilante, isso fica claro no desconforto de todos quando precisam aturá-lo em respeito ao Gordon. A cena é incrível para aflorar o lado detetive do herói, cada detalhe apresentado possui importância, as pistas vão sendo apresentadas ao público conforme o Batman as analisa friamente, a morte do prefeito foi muito violenta, apesar do crime ser bem mais sugestivo do que de fato visual, pois a imagem é desfocada nos deixando apenas imaginar a violência do ato através da sonoridade da cena. Em algum ponto ele consegue ser mais técnico que o próprio legista. Esse tom investigativo vai ser constante e nem sempre o Batman conseguirá resolver as charadas do vilão sem ajuda, acredito inclusive que alguns erros interpretativos são importantes para colocar o personagem no exato momento de sua atuação, ou seja, se ele falha é por que ainda não é o experiente Batman que conhecemos, se ele falha é porque ainda não é o maior detetive do mundo. Desse modo o herói se aproxima mais do público, uma humanização muito bem desenvolvida de fato, principalmente quando um desses erros quase mata alguém tão próximo ao Bruce. Entretanto vamos focar primeiro na investigação, através do primeiro enigma do Charada, Bruce com uma singela ajuda do mordomo Alfred consegue decifrá-la. A primeira pista nos leva ao carro do prefeito, achando um pen drive com o dedo decepado da vítima e dentro do drive fotos que mostram o político com sua amante machucada. Algo que seria um desastre para a imagem do candidato, pois o moralismo da família de bem é mostrada como a hipocrisia que conhecemos, principalmente por ele em debates utilizar a família para angariar votos.

A investigação vai seguindo etapas e avançando como qualquer thriller policial, a cada pista encontrada novas dinâmicas são apresentadas. As fotos encontradas ligam diretamente o Oswald Cobblepot a vítima, então o Batman não perde tempo para interrogá-lo. Eu adoro o Pinguim do Colin Farrell, mesmo que ele ainda seja apenas um capanga da máfia o futuro do personagem é promissor. Todas as cenas de embates entre o vigilante e o vilão são maravilhosas, a primeira delas acaba colocando Bruce e Selina em contato pela primeira vez. A Mulher Gato possuía a informação que o herói precisava, a localização da amante do prefeito. As duas são muito amigas e a Moça está focada em proteger Annika a todo custo. Então vemos a primeira cena de assalto da Selina e o primeiro embate da vilã contra o Homem Morcego, A cena possui uma qualidade técnica ímpar nos apresentando a dinâmica entre estes personagens, com destaque para a paridade de forças entre os dois. Ambos são obrigados a cooperarem, cada um com seus próprios objetivos, o herói tentando encontrar o Charada e a vilã em busca de salvar sua amiga que havia sido levada. A cena dentro do clube é sufocante por causa das revelações apresentadas e com o alto nível de periculosidade da ação da jovem Mulher Gato. A aparição do Falcone enquanto investigava o clube traz a tensão necessária para o momento, a atuação do John Tuturro está impecável conseguindo trazer novas dinâmicas para a tela. Dentro do clube também vemos a mais alta cúpula da justiça de Gotham. Toda a promotoria, policiais, juízes compactuando com o crime, pessoas que deveriam ser pilares da sociedade utilizando a famigerada gota, uma droga popular na cidade. Essas informações vão compondo as motivações do vilão, claro que não é justificável, porém traça uma linha sobre a sociopatia do Charada, ele irá atrás de todos que julgar serem corruptos ou que façam parte desse sistema opressor. Tudo termina com a mais nova vítima do psicopata sendo capturada. O promotor da cidade é a terceira vítima do vilão, já que antes da operação no Clube Icebergue, o comissário de polícia também havia sido encontrado sem vida.

Temos anunciado pela primeira vez a presença de um “rato”, alguém que precisa ser achado antes da identidade do Charada ser revelada. Acho imprescindível a cena seguinte no memorial do prefeito, como é bem construída e nos remete automaticamente a “Seven”. O fato do promotor já estar praticamente morto e o Batman não mexer um dedo para sair de perto da vítima foi o que mais me chamou atenção. As charadas fáceis para revelar o tal “rato” que entregou o Maroni de bandeja para a polícia, somada ao fato do promotor preferir morrer a falar a verdade trazem camadas para a própria cidade em questão, como Gotham se tornou um reduto de pessoas perigosas e como a corrupção foi institucionalizada são temas pertinentes. O conflito vai escalando conforme o herói vai descobrindo a podridão na polícia, a partir desse momento ele começa a ser considerado suspeito e precisa escapar da polícia quando os acusa de estarem compactuando com o crime organizado. Novamente temos nuances apresentadas que são maravilhosas, primeiro a colaboração do Gordon com o herói, uma relação que novamente nos lembra do filme “Seven”, um jovem inexperiente trabalhando em um caso criminal com um policial mais velho. Gosto também de como esse Gordon é mais ingênuo, pois ele fica realmente incomodado ao saber que a prisão do Maroni pode ter sido uma grande fraude, onde a polícia e promotoria se venderam para ter ganhos lucrativos com a operação de drogas na cidade. O segundo foi ver pela primeira vez o Batman com medo de altura, isso coloca novamente aquele ponto que ouso repetir, esse ainda não é o Batman definitivo, mas pode vir a ser. O herói vai sendo construído ponto a ponto, crescendo até atingir o ápice.

O desenrolar das pistas coloca o Batman novamente atrás do Pinguim e finalmente temos a tão esperada cena do Batmóvel. Apesar de estar gostando do filme até aqui eu ainda precisava de algo a mais e a cena do Batmóvel me entregou exatamente isso, aqui foi o momento que o filme terminou de me comprar. Que composição incrível, a perseguição logo após descobrirem o corpo de Annika no carro é surreal. Nas mãos de uma direção medíocre a cena não seria tão icônica, não é à toa que foi tão utilizada em materiais promocionais. Vai me desculpar a comparação, porém quando lembramos da cena de perseguição em “Batman vs Superman” chega a dar dó. Alguns sensatos inclusive compararam o Batmóvel com o carro assassino do filme “Christine” e não poderiam estar mais certos, pois aquele muscle car é para aterrorizar qualquer bandido. Após capturar o Pinguim, Batman e Gordon conseguem decifrar mais uma charada, sobre “El Rata Alada”. Tudo não passava de uma URL que permitiria uma conversa direta com o vilão, que imediatamente direciona a dupla com mais uma charada. Ela os leva ao antigo orfanato que pegou fogo, um lugar decadente onde moradores de rua procuram abrigo. Mais uma vez o herói decifra a charada e descobre a próxima vítima, nada mais nada menos que Bruce Wayne. Ao constatar esse fato, Bruce tenta contato o mais rápido possível com o Alfred, mas já era tarde demais. Uma bomba explodiu na torre colocando o mordomo em coma, eu fiquei chocado com a cena, só voltando a respirar quando descobrimos que o Alfred não havia morrido no atentado.

Todas as ações do Charada são focadas para destruir reputações além de matar os “criminosos”. Após o atentado ele solta uma informação que abala o Bruce diretamente, sobre como o Thomas Wayne mandou Falcone matar um jornalista, algo que desmistifica a bondade do patriarca da família. O próprio decide buscar a verdade através do mafioso, este por sua vez confirma a história, ele diz que Thomas o pediu para assustar o tal jornalista, pois a história da sua esposa não podia vazar na mídia, Marta Wayne havia ficado internada no Asilo Arkham para tratamento psiquiátrico. Falcone dá a entender que o pedido era exclusivamente político, já que Thomas era candidato à prefeitura de Gotham na época e para finalizar sugere que Maroni pode ter matado os pais do herói. Um baque grandioso, algo que eu não acreditei nos cinemas, pois sabia como o mafioso poderia ser manipulador. E de fato era exatamente isso, Alfred conta a história por outra perspectiva, dizendo que o pai do rapaz errou, porém nunca pediu que o Falcone matasse o jornalista. Ele ficou arrasado com o acontecido e ia largar a campanha a prefeito para se entregar a polícia, entretanto uma noite depois ele foi assassinado. Alfred sempre desconfiou do Falcone ser o mandante do crime, mas nunca teve confirmação desse fato, poderia sim ser um crime premeditado ou apenas um criminoso desesperado em um beco escuro. A Mulher gato consegue capturar o policial corrupto da narcóticos. Ele era um dos principais capangas do Falcone, estando junto do mafioso quando ele estrangulou a Annika. Essa informação coloca a Selina em um caminho autodestrutivo, ela já havia confidenciado o fato de Falcone ser seu pai, sobre a sua mãe ter morrido estrangulada e o caso ter sido arquivado sem um culpado. Tudo indicava pelo modus operandi de Falconi que ele havia matado ambas, tanto a mãe da jovem quanto a melhor amiga dela. Ela vai atrás de vingança enquanto o Batman tenta dissuadi-la. Bem próxima de cumprir o objetivo de matar o pai, Selina falha no momento que a energia é cortada por Bruce, ele utiliza a escuridão dos corredores para obter vantagem.

A cena do corredor sendo iluminado apenas pelos os tiros é extasiante, novamente o diretor ganha pontos por ter uma visão diferenciada. A sensação que tive nos cinemas é a mesma da aparição do batmóvel, euforia total com uma das cenas mais bem coreografadas do filme e ainda preciso chamar atenção para fantástica trilha sonora do Michael Giacchino, a música tema do Batman foi extremamente marcante e quando bem encaixada nos deixava arrepiados. O Cavaleiro das Trevas salva a Selina de ter o mesmo destino da mãe, prendendo de vez o mafioso que debocha entusiasmado. Ele acredita que não ficará preso, pois a polícia está toda comprada, entretanto é comovente ver que existem policiais íntegros em Gotham. Falcone foi poupado pela Mulher Gato para ser morto pelo Charada em seguida, a cena é perfeita para finalizar o ciclo de uma das últimas charadas: “Leve ele aos holofotes e verá onde estou de fato”. O covil do Charada é finalmente encontrado e o vilão decide se entregar dentro de uma cafeteria. A revelação da aparência do vilão me deixou um pouco decepcionado, acreditava que ele seria tão ameaçador quanto aparentava em suas lives, porém não. Ele é um garoto bem medíocre que surtou, claro que essa foi a minha impressão inicial, contudo quando ele começa o interrogatório vi que estava errado. Eu aposto que ainda deve ter pessoas que acham que o Charada descobriu a identidade do Batman, a cena dentro do apartamento do vilão somada ao do interrogatório nos leva a crer nisso. O roteiro é exímio para nos enganar e eu estava detestando que o Charada tivesse descoberto esse segredo. Entenda que Edward é um ególatra, ele acredita ser o mais inteligente ser humano do mundo e o fato do Batman ser superior a ele é o ponto chave da relação dos dois. O Bruce é melhor que o Charada tanto na forma física quanto intelectual, nos jogos da série Arkham ele acredita que o Batman é um hipócrita, ele diz que o herói rouba dos vilões que enfrenta para manter sua “operação” e que o Gordon está na folha de pagamento do Homem Morcego, uma boa teoria, todavia complemente errada. Aqui estava parecendo que realmente o Charada havia feito o Batman de trouxa, descobrindo inclusive sua identidade. Mas tudo não passava de um roteiro bem escrito, o vilão tinha a visão deturpada de ter o Batman como aliado e que o único que escapou foi o Bruce Wayne.

Claro que o grande plano do vilão ainda não havia acabado. Ele explode várias bombas próximas ao mar, inundando completamente a cidade de Gotham. De certo modo ele venceu o jovem herói, porém não completamente, visto que a prefeita é salva pelo Batman no evento da sua vitória. A ação presente aqui é novamente bem trabalhada, o Batman atacando os capangas do Charada, fazendo de tudo para impedi-los de cometer um genocídio. Não existem momento ruins quando o herói está lutando, esta cena aqui é um tanto especial, tendo em vista sua chegada marcante e a forma como ele vai enfrentando os criminosos armados, uma abordagem que remete diretamente aos games. O herói precisou no fim da ajuda da Selina, ele quase foi derrotado pelos criminosos, porém a Mulher gato devolve o favor salvando a vida de Bruce. Esse final é perfeito graças a frase de um dos psicopatas armados. Gordon pergunta ao criminoso quem ele é, a resposta serve como um farol para o Batman entender a si mesmo e a sua influência na sociedade. O capanga responde que ele é a vingança, fechando perfeitamente o arco do herói no filme, pois esta foi a primeira frase dita pelo herói em tela. O Batman é o motivo de existir um Charada, por isso ele precisa ser muito melhor. Ser a vingança não fez nada de positivo na cidade, pelo contrário inspirou pessoas fracas a se rebelar contra o sistema, a achar que o caos é a única maneira de se fazer justiça. O Batman entende que precisa ser algo a mais para Gotham, um farol de esperança que os leve para um porto seguro. Acredito que a melhor cena é do herói utilizando o batarang para sacrificar sua saúde pelos civis desesperados, ele não pensa duas vezes antes de cortar o fio de alta tensão e depois retirar as vítimas dos escombros. Há também uma cena que sugere o futuro Coringa dos cinemas, porém eu acho que o Coringa poderia ser guardado para um terceiro filme. O vilão mais espetacular do Batman deveria ser aquele que fecharia a trilogia. Eu não poderia sair mais satisfeito da sessão, o filme realmente entregou aquilo que propôs. Se este Batman é tão falho é por que ele ainda não é o personagem que conhecemos, mas está em processo de se tornar o Cavaleiro das Trevas definitivo. É algo que podemos atribuir a todos que vimos em tela, talvez em filmes futuros poderemos ver um Charada mais parecido com as HQs, assim como a Mulher Gato ou o Pinguim. Esse filme é excelente para ser a origem de Gotham e dos personagens que a compõem. Não posso afirmar que Pattinson é o melhor Batman de todos, visto que ainda faltam filmes para finalizar essa história, todavia creio que “The Batman” é o melhor início de franquia entre todos que o precederam.