Movies & SériesCRÍTICA: Invencível - Nós precisamos conversar

CRÍTICA: Invencível - Nós precisamos conversar

Por: Gustavo Tavares

Invencível é uma série de HQs já finalizada de Robert Kirkman, Cory Walker e Ryan Otley, confira nossa crítica com spoilers do penúltimo episódio.

Com tudo que acontece nessa série, não temos um minuto de paz. O penúltimo capítulo da primeira temporada tentou focar em diversas tramas secundárias que não envolviam o protagonista diretamente, mas tão interessantes que nos fez esquecer por um tempo os dramas amorosos do Mark. Ao final do episódio temos um misto de choque com apreensão.

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

Tudo começa quando a Debbie resolve tirar tudo a limpo com o marido, que insiste que não tinha escolha a não ser matar os Guardiões Globais. Ela insiste até questionando se ele estava sendo controlado ou alguém estava ameaçando sua família, o que ele nega, desconversa e vai embora irritado. Em seguida temos o Cecil revelando à Debbie que estavam sendo vigiados de perto, pois ele sempre soube que Nolan era o responsável pelas mortes e tudo o que fez foi ganhar tempo para desenvolver um método de neutralizar o vilão. Finalmente descobrimos a constatação do líder da agência que sim, era muito previsível, ele acredita que o único que pode matar o Omni-Man seria o seu próprio filho.

Em outro núcleo descobrimos qual era os planos do Robô, algo estava muito errado desde o início, por mais que existisse um robô senciente não tínhamos uma única menção à inteligência artificial durante todos os capítulos. Quando vemos a festa de boas-vindas da Garota Monstro onde ele demonstra novamente ter sentimentos amorosos pela heroína amaldiçoada, começamos a nos questionar quais são as motivações desse personagem.

As respostas vieram e me surpreenderam completamente, não podia cogitar algo mais bizarro do que vi em tela, o robô era na verdade apenas um receptáculo controlado mentalmente por um homem completamente deformado, todo esse plano que acreditávamos ser algo maligno não passava de uma criação de um novo corpo infantil, com o intuito de passar seus pensamentos para ele podendo assim ter uma vida normal e talvez romântica com a menina monstro. Claro que há circunstâncias bem imorais e antiéticas por trás da criação desse novo corpo, mas admito que imaginasse desfechos mais cruéis por trás dessa trama secundária.

De alguma forma que eu não sei explicar o Mark foi a objetivo do capítulo, mas ficou completamente em segundo plano por grande parte do tempo. Primeiro de tudo ele tenta se acertar novamente com a Amber contando a ela sobre sua identidade, o que não esperávamos era que ela já havia descoberto tudo, e o fato de ele não confiar a ela esse segredo foi justamente o que acabou afastando os dois. Depois de levar esse fora e não receber conselhos descentes do William ele parte em busca da Eve para desabafar. Quando Omni-Man decide voltar para casa para contar a verdade ao filho descobre que ele nunca foi deixado lá, e temos mais uma amostra da crueldade do vilão que mata diversos agentes da AGD de forma brutal.

Neste momento começa uma caçada frenética de quem encontra o Invincible primeiro que eleva nossa ansiedade ao máximo. O diretor da ADG ataca Omni-Man com tudo que tinha conseguindo atrasá-lo por alguns poucos minutos, enquanto isso os vilões que clonaram um corpo para o Robô trazem o herói Imortal de volta à vida que retorna com uma vontade revanchista de matar o ser que massacrou ele e sua equipe. Todos eventualmente chegam no campo de batalha onde Omni-Man está enfrentando um monstro interdimensional que o Cecil mantinha guardado. Cada vez mais o líder da ADG me lembra a Amanda Waller que acredita completamente na máxima dos “fins justificam os meios”. Quando a batalha entre os dois titãs começa o mundo inteiro passa a acompanhar atento, graças a dois helicópteros jornalísticos, o que eles veem é novamente o Omni-Man matar o Imortal da forma mais violenta que possamos imaginar. A reação de todos foi muito bem abordada, o choque que tivemos no primeiro capítulo foi muito bem traduzido nos rostos de todos os personagens que acompanhávamos nesses sete episódios, mas o Mark que admirava tanto o pai foi o mais afetado, o vilão termina dizendo que eles precisam conversar.

Tudo que eu esperava desse seriado foi entregue aqui, a probabilidade do Invincible se juntar ao pai é praticamente nula a meu ver. Neste último capítulo veremos finalmente o nascimento de fato do maior herói da Terra.

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