Movies & SériesCRÍTICA: Invencível - Eu Só Quero o Progresso

CRÍTICA: Invencível - Eu Só Quero o Progresso

Por: Gustavo Tavares

Invencível é uma série de HQs já finalizada de Robert Kirkman, Cory Walker e Ryan Otley, confira nossa crítica com spoilers do sexto episódio.

Esse episódio foi carregado de expectativas por causa do cliffhanger deixado no anterior. Devo adiantar que adorei os caminhos seguidos aqui, apesar do quão chocante foi o final do quinto capítulo, as resoluções são rápidas com seus graus de complexidade bem definidos, tudo isso para focar em um novo e sinistro vilão.

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

Logo de cara temos a introdução do maníaco que será o antagonista do Invincible, e como esse cara é sinistro, eu não esperava por aquele cenário digno dos piores filmes de terror e foi uma grata surpresa sentir-me tão apreensivo. Note que muitas das vezes temos expectativas específicas quando adentramos em uma nova história, claro que desse seriado eu espero violência, palavrões, muito sangue, mas eu não esperava ter medo. E não é aquele medo por algum personagem, é o genuíno medo de que esse psicopata poderia muito bem ser um vizinho ou um colega de faculdade, pois sequestro de pessoas é algo comum na sociedade que vivemos. Não é um vilão caricato que apenas quer roubar bancos, ou criar um império do crime, é um cara que quer cortar partes do seu corpo para substituir por próteses mecânicas. Isso é muito bizarro.

Na sequência vemos o salvamento dos heróis que foram brutalmente espancados no episódio anterior. A tensão criada é muito densa, pois a qualquer momento podemos ver mais heróis mortos. Personagens que estávamos começando a nos apegar simplesmente deixando de existir, seria muito frustrante. Por mais que os Guardiões Globais tenham morrido no primeiro episódio eles não eram tão interessantes quanto a Menina Monstro ou o Sansão Negro. Por questões óbvias não sentimos a mesma sensação de perigo com o protagonista, a morte dele não passa em nenhum momento em nossas cabeças, mas fiquei surpreso em constatar que o Mark realmente está parando de romantizar essa vida super heroica. Vemos ele aos poucos escolher ter uma vida normal e deixar a luta para outros mais capazes.

O mesmo não podemos dizer da Eve Atômica, após ajudar uma comunidade mais necessitada ela resolve fazer mais ao fazer menos, isso significa não esperar invasões alienígenas ou algum super vilão para agir como uma heroína. Primeiro de tudo, ela sai de casa pois o pai dela é extremamente machista que idealizava uma vida passiva para ela: casar, ter filhos e respeitar o marido. Depois ela segue pelo mundo e começa a ajudar as pessoas com problemas menores, como apagar incêndios florestais e usar seus poderes para reflorestar imediatamente o local devastado. Tudo indica que a Eve será uma personagem de vital importância para o decorrer do programa, podendo ser coprotagonista no futuro.

Já o Mark decide consertar sua relação com a Amber, e depois de ser perdoado pela moça decide levá-la a uma visita para universidade onde seu amigo William pretende ir quando se formar no ensino médio. Toda a sequência da viagem com momentos de leveza dá fôlego a história, por um minuto você realmente acredita que ele poderá se dar ao luxo de desistir e aceitar uma vida normal, mas não é o caso. Uma das experiências do vilão escapa e ameaça os estudantes no campus, o Invincible é obrigado a intervir para salvar a vida dos amigos, ele consegue vencer o Ciborgue, entretanto volta a estragar a vida do Mark já que a Amber acredita que ele fugiu amedrontado, deixando-os para trás. Guardada as devidas proporções, tudo o que acontece de negativo na vida pessoal do Mark traz uma sensação de nostalgia pois são os mesmos problemas que o Peter Parker passa como Homem Aranha. É frustrante saber que o personagem realmente é "inocente", mas sofre por ter sempre que escolher o certo e nunca o que é melhor para ele.

Finalmente temos o vislumbre da descoberta da Debbie sobre o marido. Depois de levar o uniforme ensanguentado para o alfaiate dos super-heróis, ela descobre que Omni-Man é o assassino dos Guardiões Globais. A cena em que ela o confronta é absurdamente boa, mas o tempo inteiro parecia que o Nolan não a deixaria viva para contar o que sabe.

Com a Amber chateada e o seu amigo descobrindo sua identidade secreta, Mark decide tentar mais uma vez se reconciliar com a garota, mas quando o namorado do amigo é sequestrado para passar pelos experimentos do vilão ele precisa novamente colocar sua vida pessoal em segundo plano. Ao final ele consegue vencer o vilão com uma pequena ajuda. Devo dizer que mal vejo a hora dele atingir seu potencial máximo. Não consigo acreditar que ele apanha tanto para qualquer um. Vendo o seu pai em ação sabemos como ele poderá ser de fato invencível.

Movies & SériesCRÍTICA: Invencível - Eu Só Quero o Progresso
Twitch Youtube Discord Twitter Facebook Instagram