CRÍTICA: Invencível - Ou Vai, Ou Racha

O segundo capítulo tem como objetivo expandir toda a mitologia desse universo deverás interessante.

O segundo episódio consegue superar em muito o primeiro, principalmente por causa do final do anterior. Todas as discussões sobre quem foi o responsável pelo massacre ocorrido. Conhecemos a ADG, uma agência que existe para auxiliar os super-heróis da Terra, eles até tentam resolver o problema e salvar a vida dos envolvidos, mas os esforços foram em vão, enquanto isso a agência liderada pelo diretor Cecil Steadman investiga paralelamente os homicídios, auxiliada por um demônio detetive que eu achei incrível, parece uma clara inspiração ao Hellboy, e com isso a mitologia desse universo se expande: aliens, demônios, robôs sencientes.

O nosso protagonista se vê entre a cruz e a espada, ele agora precisa ser o protetor da Terra contra uma invasão alienígena de uma raça chamada Flaxans, já que seu pai teve que ser hospitalizado depois da luta contra Os Guardiões Globais. E quando ele chega lá todas nossas expectativas são invertidas abruptamente, pois a invasão é muito mais realista do que estamos acostumados nesse subgênero, não há conversas ou discussões, não há tempo para esse tipo de bobagem, as pessoas irão ser trucidadas e assim como nós o Invincible trava completamente. Nos sentimos na pele dele, nosso choque é real junto com o dele, ser um herói é lidar com o fato de que não se pode salvar todo mundo, e não é exatamente simples estar na ação, com pouca experiência e sem ajuda alguma. Então é finalmente introduzida a equipe de super-heróis adolescentes bem parecida com os Jovens Titãs que vimos nos trailers. A Tropa Jovem consegue ajudar o Invincible que estava no fogo cruzado. Nessa equipe temos a Eve Atômica que tem poderes de energia parecidos com o do Lanterna Verde, o Robô que seria o líder da equipe, o Rex-plosão que não sei se tem poderes de verdade, pois é difícil de saber se ele carrega bombas ou transforma objetos em material explosivo tipo o Gambit dos X-Men, fechando a equipe temos a Dupli-Kate que pode criar clones dela própria

O fator mais interessante desse episódio é que o os Flaxans vem de um planeta com distorção temporal diferente da nossa, enquanto se passa dias na terra, no planeta natal dessa raça se passam décadas, e dessa forma eles conseguem se aprimorar "mais rápido" que os heróis conseguem se preparar, e eventualmente eles conseguiriam sucesso ao invadir o planeta.

As dinâmicas dessa equipe com nosso protagonista são muito interessantes, claramente ele nutre algum interesse romântico pela Eve, mas ela já namora outro integrante do grupo, que inclusive é insuportavelmente arrogante, mas aos poucos vai se transformando em um alívio cômico. Por falar em alívio cômico eu dei uma crise de risos com um Allen - o alien, um ser que vai a planetas testar as defesas contra ameaças externas, mas que não viu que estava testando o planeta errado, o planeta que ele procurava chamava Derra, foi uma quebra de expectativa tão grande que eu gargalhei, e inclusive quem dá a voz a esse alien é o Seth Rogen, uma sacada muito boa.

Por fim o episódio termina com o Omni-Man cometendo um genocídio no planeta dos aliens que tentavam invadir o planeta Terra, a cena é incrível em todos os aspectos, mas saibam que independente se alguns líderes desse planeta eram ditadores não dá o direito de um "Herói" matar a todos. Cada vez mais descobrimos as facetas mais obscuras do Omni-Man, em alguns momentos chega a dar medo dele. Positivamente a relação entre mãe e filho continuam sendo bem trabalhadas, ela fica muito incomodada com as lições que o marido tenta passar ao Mark, o papel dela nesse programa é de suma importância para manter o Invincible no caminho certo quando finalmente descobrir que seu pai não passa de um fascista sanguinário.