Movies & SériesCRÍTICA: Invencível – Já Estava Na Hora

CRÍTICA: Invencível – Já Estava Na Hora

Por: Gustavo Tavares

Invencível é uma série de HQs já finalizada de Robert Kirkman, Cory Walker e Ryan Otley, confira nossa crítica com spoilers do primeiro episódio.

Essa série é de fato absurdamente interessante! O primeiro episódio tem um ritmo lento que me fez estranhar bastante, minhas expectativas eram de bastante violência e ação desenfreada, contudo, as cenas dos heróis em ação são pontuais, e até subir os créditos, a violência gráfica estava controlada. Pensando nisso, foi um episódio completamente introdutório para nos apresentar a esse novo mundo fantástico.

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

Quando conhecemos o primeiro grupo de super-heróis da animação é genial, parecia que estava lendo vingadores ou liga da justiça com a vantagem de estar vendo algo completamente inédito. Estamos conhecendo heróis e vilões novos, e foi extremamente divertido ver a dinâmica entre eles, como usam seus poderes em conjunto para maximizar a força dos golpes, acho algo louvável quando um mundo fantasioso é tão bem desenvolvido, ainda não conhecemos nada sobre esse universo e bem devagarzinho vamos descobrindo. E se isso já foi interessante para mim que não conhecia essas HQs, imagine para os fãs, tenho certeza que ao final do episódio eles se sentirão realizados.

Este primeiro episódio é focado completamente na relação pai e filho do herói mais poderoso da Terra, durante grande parte do capítulo fui tomado por uma onda de sentimentos bons e ruins, mas não eram sentimentos negativos em relação à série, a sensação era mais sobre estar vendo a calmaria antes da tempestade. Gosto de ver como o Omni-Man é um pai ausente, porém ele genuinamente quer o bem do próprio filho. Em alguns momentos se fica com a sensação de que ele é um pai severo demais, noutras atencioso também, essa é a avalanche de emoções que sinto vendo esse episódio, ao mesmo tempo em que achava legal essa dinâmica parecia que algo não estava se encaixando.

Então durante todo o episódio vemos o Mark Grayson se tornando o herói que ele sempre quis ser, o Invincible - nome que ele escolhe depois de uma conversa franca com seu pai. Esse diálogo é um dos melhores desse primeiro episódio perdendo talvez apenas para a conversa com a mãe, mas essa transformação não é exatamente fácil, o foco todo é nesse treinamento para aprimorar o controle de suas habilidades recém adquiridas, nessa série é gasto todo o tempo do mundo para o Mark aprender a voar, e principalmente como pousar, fiquei genuinamente surpreso desse primeiro capitulo não ficar chato e monótono em nenhum momento.

Algo que mal posso esperar para descobrir é a origem de tantos heróis. São todos alienígenas ou humanos também desenvolvem poderes? Foi um constante questionamentos durante o primeiro episódio, realmente não entregar mais informações é um pouco frustrante, entretanto ao terminar essa temporada vamos receber as respostas com certeza, creio que esse formato é proposital para premiar os fãs das HQs e instigar aqueles que chegaram agora. Outra personagem que não tem tanto destaque, mas deve ser de suma importância como bússola moral do protagonista é mãe dele, toda a relação da Debbie com o Mark é muito genuína, como ela se sente sendo apenas uma humana, que tem medo de perder o filho para esse mundo heróico. Espero que agora que ele já está começando a vida de vigilante eles não deixem essa relação de lado, o desenvolvimento da parte terráquea é o cerne dessa história assim como no caso do Superman, por exemplo, o que impede o Clark Kent de ser um déspota galáctico são seus laços com a humanidade. Vemos também toda a fórmula básica de origem que conhecemos tanto, há o famoso traje caseiro antes de conseguir o oficial, a escolha de nome que já mencionei e até a sequência de introdução deste novo herói ao mundo.

Por fim o episódio termina abruptamente, mas ele possui uma cena pós-crédito bem longa, e toda a violência foi deixada para esse momento, chega a ser agoniante ver o massacre que segue, minha maior surpresa em ver que eles não tiveram medo de fazer algo realmente gráfico, se fosse um live action seria similar com o filme Brigthburn misturado com Jogos Mortais, se alguém tinha alguma desconfiança sobre Invincible ser subversivo, essa cena joga para o alto qualquer dúvida.

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