Movies & SériesCRÍTICA: Capitão América e o Soldado Invernal - Um Mundo, Um Povo

CRÍTICA: Capitão América e o Soldado Invernal - Um Mundo, Um Povo

Por: Gustavo Tavares

Está disponível a nova série do MCU no Disney plus, Capitão América e o Soldado Invernal e estamos prontos para te contar quais são as nossas críticas do sexto episódio - Um Mundo, Um Povo.

Com um final épico que não apenas nos tira o fôlego com sua ação frenética, como consegue fechar perfeitamente o arco da maioria dos personagens, este episódio não só é excelente como também é surpreendente diante de alguns personagens que tiveram uma redefinição. Esse capítulo é todo dedicado a Sam Wilson que sim, será o novo Capitão América, e deixa uma incrível primeira impressão. Não apenas a ação é marcante, como também a mensagem que é deixada ao final tem um peso incrível para esse mundo desigual que vivemos. Agora só posso dizer uma coisa: voe capitão, voe!

Atenção: o conteúdo abaixo contém spoilers!

É incrível ver como a Marvel tem nos proporcionado histórias tão incríveis por mais de 10 anos, e agora utilizando suas minisséries tem conseguido redefinir vários de seus personagens para assumirem postos muito mais importantes no futuro. Temos oficialmente um novo Capitão América com um traje incrível feito com tecnologia Wakandiana, que não só o equipara com Steve Rogers como também visualmente é belíssimo e extremamente fiel ao material de origem.

Todas as cenas de ação do Sam são absurdamente incríveis, ver ele de uniforme novo e escudo na mão lutando contra o Batrok me fez vibrar, toda a cena de perseguição do helicóptero é agoniante, o Asa Vermelha 2.0 tem uma função fundamental para as estratégias de resgate e será usado absurdamente em filmes futuros para incorporar mais versatilidade ao herói.

Enquanto acontecia esse resgate aéreo de reféns, o Soldado Invernal perseguia os Apátridas em terra, e quando encontrou foi incrível constatar que ele também cresceu muito durante esses seis episódios, ver o quão aliviado estava em provar que não era mais um assassino e ter o reconhecimento das pessoas foi libertador. Claro que era algo muito óbvio para nós que acompanhávamos o seriado, o mesmo não se pode dizer de John Walker. Veio abruptamente a mudança de assassino frio para herói, acreditava que ele não iria largar sua vingança para salvar as pessoas presas no carro blindado.

Sinceramente me surpreendeu negativamente, pois foi uma quebra muito brusca do que estávamos vendo do personagem. Talvez pensar nas palavras do Lemar sobre ele tomar as decisões corretas em combate naquele momento tenha mudado sua perspectiva, mas quando o vemos com ódio criando um novo escudo esperávamos no mínimo que continuasse nessa espiral para se tornar um vilão.

A revelação da Karli sobre quem era "O Mercador do Poder" foi um pouco anticlimática pois ninguém tinha dúvidas que a Sharon tina assumido esse manto difuso. Não acredito que ela seja um Skrull ou algo do tipo, ela também passou por essa ressignificação como personagem. Não podemos saber sobre tudo aquilo que ela enfrentou nesses 07 anos, mas acho plausível que ela possa sim ter passado a ser uma pessoa mais egoísta, que analisa suas ações sempre para beneficiar a ela mesma. Muitos acharam ruim o fato de que ela em pouquíssimo tempo tenha se tornado essa poderosa "ditadora" em Madripoor.

Tudo o que podemos fazer é teorizar sobre. Acredito que ela inicialmente se refugiou na cidade baixa durante os anos de fugitiva, quando metade do universo desapareceu o verdadeiro Mercador do Poder pode ter sido uma vítima e ela tomou o seu lugar. E quando todos retornaram do blip, ela o matou consolidando esse posto. Não é difícil acreditar que uma ex-agente da S.H.I.E.L.D. tenha capacidades específicas para controlar Madripoor em um curto período de tempo.

A cena da queda do carro com o Capitão América o salvando é toda perfeita, sem defeito algum. Neste primeiro teste de fogo ele se saiu muito bem, infelizmente não conseguiu salvar a vida da Karli, mas mesmo na morte dela tivemos a sensação de que ela saiu vitoriosa no final. Tudo em que ela acreditava foi passada a todos pelo Sam em um discurso de cair o queixo, vemos que para ser a sentinela da liberdade é fundamental ter o poder da retórica.

O final não podia ser mais perfeito, Zemo cumpriu sua promessa de matar todos os super-soldados menos o Bucky, que por sua vez consegue terminar de se reparar com todos do caderno. John Walker termina com um novo uniforme assumindo de vez a alcunha de Soldado Americano, e Sam faz a justiça final de colocar a história do primeiro Capitão América negro na exposição que vimos no início dessa série. É muito emocionante ver o Isaiah tendo finalmente o reconhecimento por tudo aquilo que ele fez pelo seu país. Se ninguém ainda tinha chorado, acho difícil não cair alguma lágrima nessa cena simples, mas tão significativa.

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